Uma Rua Chamada James Brown

26/11/2014 20:58
Uma Rua Chamada James Brown

Uma Rua Chamada James Brown

Políticos locais e líderes culturais se reuniram na tarde deste sábado(22) na esquina da 126th Street e Adam Clayton Powell Jr. Boulevard Jr. para celebrar a dedicação da “James Brown Way”, localizada na parte de trás do Teatro Apollo, principal palco de apresentações do Padrinho do Soul.
James Brown fez a sua primeira apresentação no Teatro Apollo em 24 de abril de 1959 o qual gravou um de seus mais famosos álbuns: “Live at The Apollo” em 1962.

 
Cantar no Apollo era o grau máximo a ser atingido por um artista negro nesta época. Não era um lugar como qualquer outro e sim o “teste de fogo”, o “tira-teima” para todos os artistas que alí se arriscavam a se apresentar. O Teatro Apollo era composto por um público que odiava o óbvio.
 
james brown apollo Uma Rua Chamada James BrownSegundo a biografia de James Brown escrita por R.J. Smith, houve um episódio em que James Brown foi se apresentar no Apollo e, ao final do show, ele fez o velho truque de atirar objetos pessoais para a platéia como abotoaduras, gravata, etc. Em praticamente qualquer lugar do mundo, isso faria o público delirar a ponto de se machucarem para pegar estes objetos mas no Apollo não… no Apolo, público jogava-os de volta como quem diz “Não queremos este lixo!”.
Mas com todos os problemas enfrentados por Brown em suas primeiras apresentações no Apollo, ele venceu, ganhou respeito e fez deste o seu principal palco de apresentações.

 
Agora com toda a “hype” em torno de sua vida devido ao filme “Get On Up”, lançado recentemente nos EUA, homenagens e mais homenagens vem surgindo a todo momento e isso é muito bom, afinal de contas, Brown é um dos milhares de exemplos de obstinação, dedicação e profissionalismo.
 
Saiu da miséria e foi para o estrelato apenas fazendo o que gostava de fazer: cantar e dançar. E talvez sem saber nos deixou uma grande lição: Ninguém chega a lugar algum sozinho. Bobby Byrd integrou James Brown à sua família para que ele pudesse ser solto (era a condição para que o jovem delinquente fosse libertado), formaram a banda Famous Flames até que um dia passou a se chamar “James Brown and The Famous Flames” e sucesso começou daí por diante.

 

Fonte: C.B.M.N.

Nelson Triunfo Completa 60 anos e Lança Álbum
Nelson Triunfo Completa 60 anos e Lança Álbum
Ícone do Hip-Hop nacional, o dançarino, ator e promotor cultural Nelson Triunfo, comemora seu aniversário de 60 anos com o lançamento do álbum “Do Soul ao Hip-Hop” no dia 08 de novembro no Auditório Ibirapuera/SP as 21h00 juntamente com a banda Sertão Black.
Nelson Triunfo é Pernambucano, largou a sua cidade natal aos 16 anos de idade e veio parar em São Paulo no final da década de 1970 quando a cultura Hip-Hop ainda engatinhava.
Ele foi um dos precursores do Hip-Hop e é hoje um dos mais respeitados militantes da cultura.
Este ano, Nelson ganhou uma biografia (Do Sertão ao Hip-Hop) escrita pelo Jornalista Giberto Yoshinaga o qual nos concedeu uma bela entrevista, se você não ouviu, ouça agora.
Os ingressos custam R$ 20 e R$ 10 (meia) e podem ser adquiridos na bilheteria do Auditório (veja horários de funcionamento abaixo), pelo site www.ingresso.com ou pelo telefone (11) 4003-2330.
No local também estarão à venda exemplares de sua biografia, Nelson Triunfo: Do Sertão ao Hip-Hop, escrita por Gilberto Yoshinaga e com prefácio assinado por Sérgio Mamberti – R$ 39,90. Além da trajetória artística e de vida de Nelson Gonçalves Campos Filho, o livro traz um interessante histórico rico em referências e informações sobre o soul, o funk de raiz e a cultura hip-hop no Brasil.
“Do Soul ao Hip-Hop” foi produzido pelos irmãos Renato e Ronaldo Gama, da banda Nhocuné Soul. Acompanham Nelson Triunfo: Ronaldo Gama no contrabaixo, Anderson Borba na guitarra, Leo Carvalho na bateria, DJ Claytão nas pick-ups e Robão no teclado. Na voz, Jean B acompanha Nelson Triunfo, enquanto Tita Reis e Ananza Macedo ficam com os backing vocals. A direção é de Renato Gama.

 

Fonte: C.B.M.N.

 

O Funk Japonês de Woddy Funk!

O Funk Japonês de Woddy Funk!

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Roger Troutman
Japoneses curtem Black Music?
Não é raro vermos por aí vídeos de hip-hop onde os “B.Boys” japoneses dão um show de brake, não é mesmo?
Além disso, quem ainda não viu vídeos do Soul Train com legendas em japonês?
Existe também uma banda de Soul chamada Osaka Monorail que é inteiramente composta por japoneses fãs de James Brown e sua imortal banda The JB’s.
Podemos concluir então que há uma parte dos japoneses que realmente curtem estes sons assim como nós aqui no Brasil e esta preferência pela música negra norte-americana parece se renovar a cada dia.
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Capa do álbum "What's My Name" de Woddy Funk

No dia 15 de Maio de 2012 foi lançado o álbum “What’s My Name?” de uma jovem japonesa conhecida como “Woddy Funk”.
Com um visual pra lá de exótico, típico das bandas de funk dos anos de 1980, Woddy Funk dá um show com o seu Talk Box.
Você não leu errado: Talk Box, o famoso recurso de voz utilizando por Roger Troutman e a banda Zapp.
Você verá no vídeo a cantora com um tubo na boca (igual ao que está na capa de seu álbum à esquerda), fiquem tranquilos… não se trata de nenhuma mania de criança, sonda ou algo parecido. Aquilo é o Talk Box, uma forma diferente de modular a voz fazendo com que você pense que o instrumento está “falando”, Roger Troutman usou muito este recurso durante toda a sua carreira, esta foi a sua grande “marca registrada”.
Neste álbum há uma surpresa: a participação especial de Greg Jackson na faixa “Dance and Get Your Funky On”.
Greg Jackson é integrante da banda Zapp desde o início e, ao contrário do que muitos pensam, a banda não acabou! Roger Troutman se foi mas a banda continua até hoje.
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Greg Jackson da Banda Zapp

Ouvir Woddy Funk e Greg Jackson nos leva de volta direto ao anos de 1980 “sem escalas”. Com certeza um grande presente para todos aqueles que curtiram e que ainda curtem a maior e melhor banda de Funk Music de todos os tempos: ZAPP.
A jovem “Woddy Funk” gosta tanto do estilo que em seu perfil no Facebook é possível ver várias referências à Roger Troutman, Greg Jackson e Bootsy Collins.
A mistura do Funk com o idioma japonês e o TalkBox resultou em um trabalho totalmente diferente do que nós brasileiros não estamos acostumados a ouvir.
Antes de dizer que o material é muito bom, digo é que muito curioso e as vezes engraçado.
Vale a pena!
Ouçam agora a faixa “Dance and Get Your Funky On” com a participação de Greg Jackson.